O sistema de curativos da extremidade superior inclui: curativos de ombro, cotovelo e mão.
A articulação do ombro é formada pelo úmero e a omoplata. O ligamento de um ombro ferido deve começar com uma dobra circular da esquerda para a direita à volta da parte superior da parte superior do braço, descendo depois pela axila ilesa, subindo de seguida sobre o ombro para as costas, indo enrolar a axila oposta para, por fim, enrolar sobre o peito e retornar ao ombro ferido.
IMPORTANTE!
A articulação do ombro é colocada de forma a que o último enrolamento cubra ½ ou 2/3 da sua largura.
A articulação do cotovelo é uma articulação complexa que é formada pelo úmero, a clavícula e a ulna. A flexão da articulação do cotovelo começa com 2-3 voltas da dobra “tartaruga” sobre a reentrância do cotovelo e continua com um enrolamento circular que alinha alternadamente o antebraço e o ombro, com um cruzamento na reentrância do cotovelo. Um lenço triangular (Esmarch’s) também pode ser utilizado para ligar a articulação do cotovelo.
O ligamento “oito” para o punho começa com uma fixação de camadas circulares mesmo acima dos ossos do pulso. Depois, a ligadura é direcionada pelas costas da mão, fazendo uma meia volta na superfície da palma e, novamente, na superfície exterior da mão e, ao fazer o primeiro cruzamento da ligadura, voltar à ponta oposta da articulação.
Entre as ligaduras das extremidades exteriores existem as ligaduras das ancas, joelhos e pés.
A ligação da anca pode cobrir a parte inferior do abdomen, o terço superior da coxa e os glúteos máximos.
De acordo com o local onde se corta o rolo, existem dobras traseiras, laterais e forntas (zona da virilha).
Um enrolamento circular é colocado à volta da cintura para segurar a ligadura, depois esta é guiada da parte de trás da anca para a frente, continuando em direção à superfície frontal-interior da coxa. A ligadura cobre a meia-circunferência posterior da coxa, saindo pelo lado externo e passa obliquamente sobre a região lombar para a meia-circunferência posterior do tronco. Os enrolamentos são repetidos. A volta pode ser introduzida se cada enrolamento subsequente está acima do anterior, ou descendo se cada enrolamento estiver abaixo do anterior.
A articulação do joelho é constituída pelo fémur, tíbia e a fíbula. A dobra “tartaruga” no joelho começa com bobinas de aperto sobre a parte mais saliente da parte superior da perna. Depois, ligações divergentes de forma octogonal são feitas, intersetando a parte inferior da perna. A ligação termina com enrolamentos circulares no terço superior da parte inferior da perna, dependendo do local do ferimento.
Ligamento circular com uma ligadura na é utilizado para permitir reter o material curativo nas feridas ou outros ferimentos na coxa. A largura da ligação é de 10 a 14 cm. Esta começa com bobinas de aperto circulares no terço inferior da coxa acima da articulação do joelho. Depois, toda a superfície da coxa é fechada de baixo para cima com movimentos circulares de dobra. Segundo a regra, estas ligações na coxa tendem a não segurar bem e escorregam facilmente, por isso, é recomendado terminar a ligação com bobinas com formato de espinhos na área da articulação sacroilíaca.
Se for necessário colocar a ligadura na extremidade inferior na posição estendida, a técnica de ligamento espiral é utilizada. A ligação começa com bobinas circulares no terço superior da parte inferior da perna e termina com bobinas de fixação no terço inferior da coxa.
A ligação do pé começa por fixar a bobina por baixo do calcanhar, a partir de onde se enrola o fundo do pé e, nas imediações das raízes dos dedos do pé a bobina passa pela planta do pé, retornando ao calcanhar. A próxima volta da ligadura é feita da mesma forma, cobrindo os enrolamentos anterios em 2/3 e subindo gradualmente em direção à articulação superior do tornozelo.